quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

História e Memória

http://www.youtube.com/watch?v=1XY7qWbdXe0&feature=relatedhttp://www.historiaupf.ning.com/Tudo é explicado pela História. O romance, a filosofia, a política. A História é admitida no século XIX nas universidades e ganha o status de ciência. Mas qual História? O que foi essa História científica? Essa História assimilou o conjunto de técnicas do “ofício de historiador” (erudição). Essas técnicas foram aperfeiçoadas. Contrariamente aos filósofos das “luzes” definiu o passado como objeto de estudo. Todavia, colocou nele inconscientemente aqueles ideais de progresso, civilização e cultura elaborados por aqueles filósofos. Conforme Lê Goff (1992) a essência da história é o tempo e não é de hoje que a cronologia desempenha um papel fundamental, servindo com fio condutor da história. O instrumento principal da cronologia é o calendário. Este representa o esforço das sociedades em domesticar o tempo natural do sol, da lua, da alternância do dia e da noite. Porém, seus elementos mais eficazes, as horas e a semana, estão ligadas a cultura e não ao tempo natural. Sendo assim
O calendário é o produto e expressão da história: está ligado às origens míticas e religiosas da humanidade (festas), aos progressos tecnológicos e científicos (medida do tempo), à evolução econômica, social e cultural (tempo do trabalho e tempo de lazer). Ele manifesta o esforço das sociedades humanas para transformar o tempo cíclico da natureza e dos mitos, do eterno retorno, num tempo linear escandido por grupos de anos: lustro, olimpíadas, séculos, eras, etc. À história estão intimamente conectados dois progressos essenciais: a definição de pontos de partida cronológicos (fundação de Roma, era cristã, hégira e assim por diante) e a busca de uma periodização. A criação de unidades iguais, mensuráveis, de tempo: dia de vinte e quatro horas, século, etc. (LE GOFF, 1992, p. 13).
Elegeu o Estado e seus agentes (a política) como a esfera privilegiada dos fenômenos históricos. A História é, portanto a trajetória do Estado-Nação conduzida pelos grandes estadistas. Portanto, as fontes eram, sobretudo os documentos produzidos por esse Estado como, por exemplo, relatórios de governo, documentos oficiais, tratados de paz, declarações de guerra etc. Estava presente também a busca pela objetividade, ou seja, a crença de que seria possível dar à história a mesma objetividade das outras ciências como física, matemática e astronomia. Era uma história narrativa, ou seja, a narração dos fatos tal e qual aconteceram. Uma história não explicativa e não problematizadora. Essa história privilegiou os agentes do Estado. Tratava-se de uma história política.

2 comentários:

  1. Bom, pelo que pude entender, tudo pode ser explicado pela História o que faz com que ela ganhe um status de ciência. E o seu produto de expressão é o calendário, que está ligado as origens míticas e religiosas da humanidade, aos progressos tecnológicos e científicos , à evolução econômica, social e cultural.Mais ou menos isso, é meio confuso :S .

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  2. o que mais me chamou a atenção no texto foi sobre o calendário! que tal qual em todos os tempos..todas as raças..todos lugares do mundo.. e por muito tempo continuara sendo o melhor cronometrista do tempo, décadas, anos, milênios...

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