sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

OS DOIS PRIMEIROS SOCIÓLOGOS

Com muito orgulho, registro aqui que ontem dia 23 de janeiro tive o prazer inesquecível de me formar em Sociologia pela Unochapecó. Foi colação de grau de gabinete. Tive a grata companhia de meu colega Edinei Grison. Aliás, é mister citar aqui que nos tornamos os dois primeiros sociólogos formados em toda a história de Santa Catarina, fora da UFSC. Isso quer dizer que o nosso curso de Sociologia é o primeiro a formar pessoas em toda a história do Oeste Catarinense. Foi um dia muito especial, indescritível e fico muito feliz por isso. Espero que muitas pessoas sigam esse caminho, buscando nas ciências humanas, elementos para transformar o mundo. Meu pai, o senhor J. Vieira, foi honrosamente convidado a entregar o diploma de Sociologia.




terça-feira, 21 de janeiro de 2014



As relações de poder no mundo definem a geopolítica. As causas da violência e fome na África, por exemplo, se devem à dominação de um povo sobre o outro. Quando as diferenças culturais não são respeitadas, o conflito se estabelece. A imposição de culturas sobre as demais, torna o mundo menos humano.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O SISTEMA INDIVIDUALIZA E COLOCA A CULPA NO INDIVÍDUO PELO SEU FRACASSO

O pensador brasileiro Paulo Freire já dizia que quando o indivíduo pobre e excluído compreender que a culpa pela sua situação está fora dele, ou seja, no sistema, terá andado meio caminho para sair de sua situação.


sábado, 11 de janeiro de 2014

Livros de Férias

Regozijai aqueles que tiverem a oportunidade de ter acesso aos dois livros que estou lendo nestas maravilhosas férias. Estou falando das seguintes obras: "Os estabelecidos e os outsiders" do sociólogo alemão Nortbert Elias e de "Bandidos" do historiador inglês Eric Hobsbawm. Vale lembrar que as duas obras vão servir para o meu projeto de doutorado. As categorias utilizados pelos dois intelectuais: "bandido social" no caso do Hobsbawm e do "estigma" no caso de Elias trazem uma atração prazerosa de leitura, ao mesmo tempo que são grandes referências para quem se aventura na investigação dessas questões sociais. Férias maravilhosas e inesquecíveis, pois permite uma reflexão de quem sou e de quem fui.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro

"O historiador Robert Darnton já afirmava numa de suas exposições num evento realizado no Rio Grande do Sul que a Wikipédia não é hoje o que a Enciclopédia foi para o século XVIII? Baseado nessa ideia é que fiz o recorte da notícia à seguir que mostra que as redes sociais não são um fenômeno dos dias atuais. Analisando dessa forma é possível pensar que a difusão desse comportamento e o uso dessas tecnologias fazem parte, sem dúvida de uma construção social".




07/11/2013 13h05 - Atualizado em 07/11/2013 13h39

 

Para Tom Standage, Facebook e Twitter são reencarnações de ferramentas antigas de comunicação e interação.

Da BBC

'Tablet de cera' usado na Roma Antiga (Foto: Museu Romano-Germânico de Colônia)'Tablet de cera' usado na Roma Antiga (Foto: Museu Romano-Germânico de Colônia)
Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na História em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão 'enviar'.
Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações.
Mas o que você talvez não sabia, é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro "Writing on the Wall - Social Media, The first 2.000 Years" (Escrevendo no Mural - Mídias Sociais, Os primeiros 2 mil anos, em tradução livre).
Na obra, Standage, que é editor de conteúdo do site da revista britânica The Economist, afirma que redes sociais como o Facebook, Twitter e Tumblr podem ser as últimas encarnações de uma prática que começou por volta do ano 51 a.C, na Roma Antiga.
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais.
O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos.
Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante.
'Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens', disse Standage à BBC Brasil.
'Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões'.
iPad romano
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um 'jornal' exposto diariamente no Fórum de Roma contendo um resumo de debates políticos, anúncios de feriados, de nascimentos e de óbitos, e outras informações oficiais.
Essa tábua, o 'iPad da Roma Antiga', era levado por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem.
'Esse sistema é provavelmente o antepassado mais antigo do torpedo de celular', compara o autor.
Outra curiosidade relatada no livro é que o hábito de abreviar palavras e expressões, amplamente usado nos dias de hoje, também era comum entre os romanos.
Entre as expressões mais correntes estavam 'SPD', que significa 'Envia muitos cumprimentos' e S.V.B.E.E.V: 'Se você está bem, que bom. Eu estou bem'.
'Escrevendo no Mural' descreve a evolução das mídias sociais ao longo da História e mostram o grande impacto da criação do papel e da invenção do processo de impressão sobre a comunicação social.
'Na corte de Ana Bolena (uma das mulheres do rei da Inglaterra Henrique VIII), o manuscrito de Devonshire era um Facebook do século XVI, permitindo aos cortesãos se comunicarem por meio de poesias e fofocas nas páginas que circulavam pelos corredores do palácio', diz o autor.
Standage conta como os panfletos do teólogo alemão Martinho Lutero, que desencadearam a Reforma Protestante no século XVI, foram disseminados rapidamente pela Europa depois que as pessoas começaram a replicá-los e, depois, imprimi-los.
'Ele não esperava que isso fosse acontecer, que as pessoas fossem disseminar sua mensagem de que a Igreja precisava ser reformada. Foi uma disseminação social e viral', diz o autor.
Anomalia histórica
Para o Standage, o advento e a popularização da comunicação de massa no século XIX - com jornais e livros - e no século XX - cinema, rádio e TV - ofuscaram os modelos sociais de distribuição de informação que haviam prevalecido durante séculos.
'As pessoas passaram a obter informações das mídias de massa e não mais de seus amigos, em um processo de mão única, sem interação', diz o autor.
Na última década, a internet abriu caminho para o renascimento das plataformas sociais de comunicação que, para o autor, se tornaram tão eficientes que passaram a competir com as mídias de massa.
'Agora o grande desafio das grandes organizações de mídia é gerar conteúdo de mão dupla, porque já sabem que o de mão única foi uma anomalia histórica que não funciona mais'.
Para Standage, sua obra reflete que o ser humano, independentemente da época em que vive, nutre o desejo profundo de se conectar e compartilhar ideias e impressões com outras pessoas.
'Este desejo é construído nos nossos cérebros. A tecnologia vai e vem, mas a natureza humana continua a mesma'.