segunda-feira, 31 de março de 2014

O GOLPE DE 64 AFUNDOU O BRASIL NO ATRASO DE 21 ANOS

Foi golpe e não revolução. Quando o Brasil começava a ter um projeto de educação e dignidade e cidadania no campo, a classe dominante reacionária enterra o país numa ditadura que "ceifou" qualquer ideia de democracia e igualdade nesse país. Nunca devemos esquecer. Acesse o link a seguir:

http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/03/sete-licoes-que-ja-deveriamos-ter-aprendido-sobre-1964/

sábado, 29 de março de 2014

PLANO DE ENSINO SOCIOLOGIA CEDUP-GV/EEB. ITAJUBÁ

CEDUP-GV/EEB. ITAJUBÁ
CURSO: ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
PROFESSOR: VITOR MARCELO VIEIRA

PLANO DE ENSINO

1. EMENTA

Problematização e alguns conceitos, dinâmica e naturalização do sistema capitalista. A relação entre indivíduo e sociedade. Marx, Durkheim e Weber: vida, obra e teorias sociológicas clássicas sobre o Estado. O trabalho e as sociedades humanas. A estrutura social e as desigualdades. Conceitos e o surgimento da Sociologia, enquanto instrumento de observação da sociedade. A transformação da Sociologia em ciência no século XIX.
A construção do estado capitalista liberal e o estado moderno. A luta operária e as conquistas cidadãs. O conhecimento científico e as ciências sociais. A epistemologia como processo crítico do pensamento científico e seus desdobramentos nas análises sobre as sociedades. Os movimentos sociais contemporâneos. Gênero, sexualidade e poder. Identidades sexuais e de gênero. Masculinidades e feminilidades. Organização social e diferentes concepções de família.

2. JUSTIFICATIVA

Abordar a ementa permite situar o estudante na perspectiva da construção social do capitalismo e sua determinação e as formas históricas da concentração do capital. O estudo dos autores clássicos é fundamental para o conhecimento dos fundamentos da Ciência Política Moderna com influência direta nos autores contemporâneos. Ao estudá-los o estudante adquire base teórica para entender e interpretar melhor a sociedade capitalista ocidental e as questões do Estado e sua relação com o Estado brasileiro.

3 OBJETIVO GERAL

- Possibilitar ao estudante de ciências sociais um aprofundamento de temas e conceitos à respeito da dinâmica expansiva do capital e a relação entre sociedade e indivíduo.

 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1º Anos

1º Bimestre
- Expor o contexto do surgimento da Sociologia;
- A produção social do conhecimento;
- Conceitos sobre o capitalismo nas suas origens e na contemporaneidade:
- A sociedade dos indivíduos;
2º Bimestre
- A relação entre sociedade e indivíduo;
- Os clássicos da Sociologia: Karl Marx e as classes sociais; Émile Durkheim e as instituições e o indivíduo; Max Weber e a ação social;

3º Bimestre
- Norbert Elias e a sociedade dos indivíduos;
- O trabalho e as sociedades humanas;
4º Bimestre
- A estrutura social e as desigualdades;
- As desigualdades sociais no Brasil:

2º Anos

1º Bimestre
- O trabalho nas diferentes sociedades;
- Escravidão e servidão
- Trabalho e tempo livre
2º Bimestre
- O trabalho na sociedade moderna capitalista;
- A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e toyotismo.
- A sociedade salarial está no fim?
3º Bimestre
- A questão do trabalho no Brasil;
- As primeiras décadas depois da escravidão.
4º Bimestre
-As desigualdades sociais no Brasil;
- Formação das classes sociais
- “Mercado de trabalho” e condições de vida
3º Anos

1º Bimestre
- O Estado Moderno e a construção do estado liberal;
- As teorias sociológicas clássicas sobre o Estado.
2º Bimestre
- Poder, política e Estado no Brasil;
- A democracia no Brasil.
3° Bimestre
- Direito, cidadania e movimentos sociais;
- A cultura enquanto significado e o etnocentrismo;
- A dominação pela ideologia.
4º Bimestre
- Os clássicos da Sociologia e a mudança;
- Augusto Comte e o Positivismo;
- Marx e a crítica à economia política.

5. METODOLOGIA
Aulas expositivas e dialogadas; encaminhamento de pesquisas empíricas
Seminários com leitura prévia dos textos; exibição de filmes relacionados à temática.

6 AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento importante do processo ensino-aprendizagem. Formalmente, consistirá em quantitativa e qualitativa. A qualitativa levará em conta a leitura e discussão dos textos, assiduidade, participação nos encaminhamentos propostos. A quantitativa consistirá em trabalho (resenhas, sínteses, pesquisas, apresentação de texto por grupo de estudantes, etc.), e uma prova sem consulta.


7 REFERÊNCIAS

BAUMAN, Zigmunt. Modernidade Líquida. Rio de JANEIRO: Jorge Zahar Editor, 2001.

BORDIEU, Pierre. Escritos de Educação: seleção, organização, introdução e notas de Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani. Petrópolis: Vozes, 1998.

ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor, 1994.

ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: formação do Estado e civilização. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor, 1993.

FONTES, Virgínia. O Brasil e o capital-imperialismo: Teoria e História. Rio de Janeiro. Ed. UFRJ/Ed. EPSJV-Fiocruz, 2010.

MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? São Paulo, SP. Brasiliense, 1994.

SENNET, Richard. O Declínio do Homem Público: as tiranias da intimidade. Tradução Lygia Araújo Watanabe. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.


TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2010

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM PARA 1º E 2º ANOS DO ENSINO MÉDIO 2014

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ITAJUBÁ
CURSO: ENSINO MÉDIO
PROFESSOR: VITOR MARCELO VIEIRA


1 OBJETIVO GERAL DO CURSO DE HISTÓRIA

Antes de relacionar alguns dos conceitos estruturadores da disciplina, é importante mencionar a historicidade desses conceitos, entendidos como instrumentos ou, usando uma imagem, como “lentes” através das quais estudamos e nos posicionamos em relação ao passado e ao presente. O passado pode ser definido como uma série de eventos que tiveram lugar num momento anterior àquele que a consciência das pessoas identifica como momento presente. O passado é, portanto, aquilo que não está, aquilo que não existe mais, mas “sabe-se” que um dia existiu. Conforme um historiador: Todo ser humano tem consciência do passado […] em virtude de viver com pessoas mais velhas. Provavelmente todas as sociedades que interessam ao historiador tenham um passado, pois mesmo as colônias mais inovadoras são povoadas por pessoas oriundas de alguma sociedade que já conta com uma longa história.
Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da comunidade), ainda que para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana (Hobsbawn, 1998, p. 22). O passado pode ser utilizado como padrão para determinadas sociedades que procuram reproduzir ou conservar em seu cotidiano as “velhas formas do viver”; e pode também ser usado como um guia de orientação para sociedades que enfrentam pequenas ou grandes mudanças e necessitam de modelos ou exemplos. O passado pode ainda ser invocado para justificar ou apoiar determinadas reivindicações ou para explicar algumas mudanças ou a necessidade delas. De qualquer modo, o passado está intrinsecamente relacionado com o presente, e é nele que os historiadores, na prática de seu ofício de reconstituir o passado ou construir o conhecimento histórico, encontram as “lentes” com que olham para o passado

 2 JUSTIFICATIVA

Como se aprende História? Como se ensina História?
Não se aprende História apenas no espaço escolar. As crianças e jovens têm acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e mundial. São atentos às transformações e aos ciclos da natureza, envolvem-se com os ritmos acelerados da vida urbana, da televisão e dos videoclipes, são seduzidos pelos apelos de consumo da sociedade contemporânea e preenchem a imaginação com ícones recriados a partir de fontes e épocas diversas. Nas convivências entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, crianças e jovens socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o futuro e questionam o tempo.
Rádio, livros, enciclopédias, jornais, revistas, televisão, cinema, vídeo e computadores também difundem personagens, fatos, datas, cenários e costumes que instigam meninos e meninas a pensarem sobre diferentes contextos e vivências humanas. Nos Jogos Olímpicos, no centenário do cinema, nos cinqüenta anos da bomba de Hiroshima, nos quinhentos anos da chegada dos europeus à América, nos cem anos de República e da abolição da escravidão, os meios de comunicação reconstituíram com gravuras, textos, comentários, fotografias e filmes, glórias, vitórias, invenções, conflitos que marcaram tais acontecimentos.
Os jovens sempre participam, a seu modo, desse trabalho da memória, que sempre recria e interpreta o tempo e a História. Apreendem impressões dos contrastes das técnicas, dos detalhes das construções, dos traçados das ruas, dos contornos das paisagens, dos desenhos moldados pelas plantações, do abandono das ruínas, da desordem dos entulhos, das intenções dos monumentos, que remetem ora para o antigo, ora para o novo, ora para a sobreposição dos tempos, instigando-os a intuir, a distinguir e a olhar o presente e o passado com os olhos da História. Aprendem que há lugares para guarda e preservação da memória, como museus, bibliotecas, arquivos, sítios arqueológicos. Entre os muitos momentos, meios e lugares que sugerem a existência da História, estão, também, os eventos e os conteúdos escolares. Os jovens, as crianças e suas famílias agregam às suas vivências, informações, explicações e valores oferecidos nas salas de aula. É, muitas vezes, a escola que cria estímulos ou significados para lembrar ou silenciar sobre este ou aquele evento, esta ou aquela imagem, este ou aquele processo.
Algumas das informações e questões históricas, adquiridas de modo organizado ou fragmentado, são incorporadas significativamente pelo adolescente, que as associa, relaciona, confronta e generaliza. O que se torna significativo e relevante consolida seu aprendizado. O que ele aprende fundamenta a construção e a reconstrução de seus valores e práticas cotidianas e as suas experiências sociais e culturais. O que o sensibiliza molda a sua identidade nas relações mantidas com a família, os amigos, os grupos mais próximos e mais distantes e com a sua geração. O que provoca conflitos e dúvidas estimula-o a distinguir, explicar e dar sentido para o presente, o passado e o futuro, percebendo a vida como suscetível de transformação. É preciso diferenciar, entretanto, o saber que os alunos adquirem de modo informal daquele que aprendem na escola. No espaço escolar, o conhecimento é uma reelaboração de muitos saberes, constituindo o que se chama de saber histórico escolar. Esse saber é proveniente do diálogo entre muitos interlocutores e muitas fontes e é permanentemente reconstruído a partir de objetivos sociais, didáticos e pedagógicos.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral: Desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas que conduzam à apropriação, por parte dos alunos, de um instrumental conceitual – criado e recriado constantemente pela disciplina científica –, que lhes permita analisar e interpretar as situações concretas da realidade vivida e construir novos conceitos ou conhecimentos.

3.2 Objetivos específicos
- utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares;
-Perceber que o objeto da História não é o passado; seu objeto é o homem, ou melhor, os homens, mais precisamente “homens no tempo”;

4 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DO ENSINO MÉDIO 1º e 2º ANOS

Temas
1. O cidadão e o Estado
2. Cidadania e liberdade
3. Cidadania e etnia
• A definição da cidadania
– Brasil republicano: participação indireta dos desiguais
• A luta pela liberdade
– Rebelião de escravos na Roma antiga
– Rebeliões e resistências dos escravos no Brasil do século XIX
• Liberdade para lutar
– Movimentos negros nos EUA: a luta pelos direitos civis
– Movimentos negros no Brasil: contra discriminação, por trabalho e educação
• Lutas por autonomia
– Estratégias da guerra: Guerra da Iugoslávia e/ou guerras étnicas no continente africano
• Direito de expressão
Cidadania: diferenças e desigualdades
O conceito de Estado
• Transformação histórica do conceito
– Reinos europeus e monarquias absolutistas
– Revolução Francesa e Revolução Americana
• Princípios, doutrinas e ideologias
– Princípio das nacionalidades
– Liberalismo e nacionalismo
Construindo a História
- O que é História?
- Os sujeitos históricos
- O tempo e a História
- As fontes históricas
Os povos do Oriente Médio Antigo
- A civilização mesopotâmica; os Fenícios; os Persas; os Hebreus
A colonização portuguesa na América
- O período colonial no Brasil
- A escravidão: a única forma possível de produção naquele momento?
- Os portugueses no Brasil colônia: feudalismo?

5 METODOLOGIA

É importante que o professor sempre explicite sua proposta de trabalho para os estudantes e retome, algumas vezes, a proposta inicial a fim de que eles possam decidir sobre novos procedimentos no decorrer das atividades. Assim, por exemplo, é a problemática inicial que orienta a escolha das fontes de informação que são mais significativas. Entre as pesquisas realizadas, algumas podem ser descartadas e outras confrontadas em um processo de avaliação da importância de suas informações. Imagens podem ser selecionadas entre as muitas recolhidas, para reforçarem argumentos defendidos ou por revelarem situações não imaginadas. Textos sobre episódios do passado podem ser organizados para demonstrarem a especificidade no modo de pensar da época e exemplificarem conflitos entre grupos sociais.
Consideraremos, portanto, o tempo como construção humana e o tempo histórico como construção cultural dos povos em diferentes épocas e espaços. No início do nosso texto usamos as palavras de Hobsbawn para afirmar que todos os seres humanos têm consciência do passado. Entretanto, para as diversas culturas, o passado pode ter sentidos diferentes correspondentes às diferentes maneiras de vivenciar e apreender o tempo e de registrar sua duração e a sucessão dos eventos – e que podem ser incluídos como objetos de estudos históricos.

6 AVALIAÇÃO

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o depois. A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec; Brasília: Universidade de Brasília, 1987.


BENJAMIN, W. Sobre o conceito da História. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. 3. ed. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987.


BRAUDEL, F. História e Ciências Sociais. Trad. Rui Nazaré. 5. ed. Lisboa: Presença,
1986.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. Trad. Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1994.

CHARTIER, R. A História cultural: entre práticas e representações. Trad. Maria Manuela


ELIAS, Norbert. O processo civilizador: formação do Estado e civilização. Rio de Janeiro: Zahar,
1993. (sinopse) pp. 193-249.

FERRO, M. Há uma visão fílmica da história? In: Uma lição de História de Fernand Braudel.


HOBSBAWM, E. Nações e nacionalismo desde 1780. Programa, mito e realidade. Trad. Maria Célia Paoli e Anna Maria Quirino. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.


HOBSBAWM, E. e RANGER, T. A invenção da tradição. Trad. de Celina Cardim
Cavalcante. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.


HUNT, L. A nova História cultural. Trad. Jefferson Camargo. São Paulo: Martins Fontes,
1992.


LE GOFF, J. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et alii. Campinas: Unicamp, 1990.

LEFEBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. Trad. Alcides João de Barros. São Paulo: Ática, 1991.


LE GOFF. Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópilis: Vozes, 2007.


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec/MEC), 1999

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 2014

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ITAJUBÁ
CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSOR: VITOR MARCELO VIEIRA

 PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 6º ANO


 1 OBJETIVO GERAL DO CURSO DE HISTÓRIA

Espera-se que ao longo do ensino fundamental os alunos gradativamente possam ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente confrontando-a e relacionando-a com outras realidades históricas, e, assim, possam fazer suas escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações. Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de:
- identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;
- situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos;
- reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar;
- compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias coletivas;
- conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições sociais;
- questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem modos de atuação;
- dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
- valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando critérios éticos;


 2 JUSTIFICATIVA

Como se aprende História? Como se ensina História?
Não se aprende História apenas no espaço escolar. As crianças e jovens têm acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e mundial. São atentos às transformações e aos ciclos da natureza, envolvem-se com os ritmos acelerados da vida urbana, da televisão e dos videoclipes, são seduzidos pelos apelos de consumo da sociedade contemporânea e preenchem a imaginação com ícones recriados a partir de fontes e épocas diversas. Nas convivências entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, crianças e jovens socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o futuro e questionam o tempo.
Rádio, livros, enciclopédias, jornais, revistas, televisão, cinema, vídeo e computadores também difundem personagens, fatos, datas, cenários e costumes que instigam meninos e meninas a pensarem sobre diferentes contextos e vivências humanas. Nos Jogos Olímpicos, no centenário do cinema, nos cinqüenta anos da bomba de Hiroshima, nos quinhentos anos da chegada dos europeus à América, nos cem anos de República e da abolição da escravidão, os meios de comunicação reconstituíram com gravuras, textos, comentários, fotografias e filmes, glórias, vitórias, invenções, conflitos que marcaram tais acontecimentos.
Os jovens sempre participam, a seu modo, desse trabalho da memória, que sempre recria e interpreta o tempo e a História. Apreendem impressões dos contrastes das técnicas, dos detalhes das construções, traçados das ruas, dos contornos das paisagens, dos desenhos moldados pelas plantações, do abandono das ruínas, da desordem dos entulhos, das intenções dos monumentos que remetem ora para o antigo, ora para o novo, ora para a sobreposição dos tempos. Tais fatores instigam-os a intuir, a distinguir e a olhar o presente e o passado com os olhos da História. Aprendem que há lugares para guarda e preservação da memória, como museus, bibliotecas, arquivos, sítios arqueológicos. Entre os muitos momentos, meios e lugares que sugerem a existência da História, estão, também, os eventos e os conteúdos escolares. Os jovens, as crianças e suas famílias agregam às suas vivências, informações, explicações e valores oferecidos nas salas de aula. É, muitas vezes, a escola que cria estímulos e significados para lembrar ou silenciar sobre este ou aquele evento, esta ou aquela imagem, este ou aquele processo.
Algumas das informações e questões históricas, adquiridas de modo organizado ou fragmentado, são incorporadas significativamente pelo adolescente, que as associa, relacionam, confronta e generaliza. O que se torna significativo e relevante consolida seu aprendizado. O que ele aprende fundamenta a construção e a reconstrução de seus valores e práticas cotidianas e as suas experiências sociais e culturais. O que o sensibiliza molda a sua identidade nas relações mantidas com a família, os amigos, os grupos mais próximos e mais distantes e com a sua geração. O que provoca conflitos e dúvidas estimula-o a distinguir, explicar e dar sentido para o presente, o passado e o futuro, percebendo a vida como suscetível de transformação. É preciso diferenciar, entretanto, o saber que os alunos adquirem de modo informal daquele que aprendem na escola. No espaço escolar, o conhecimento é uma reelaboração de muitos saberes, constituindo o que se chama de saber histórico escolar. Esse saber é proveniente do diálogo entre muitos interlocutores e muitas fontes e é permanentemente reconstruído a partir de objetivos sociais, didáticos e pedagógicos.


3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral: Perceber que o conhecimento do passado se transforma e se aperfeiçoa incessantemente e compreender o passado pelo presente e correlativamente o presente pelo passado.

3.2 Objetivos específicos
- utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares;
-Perceber que o objeto da História não é o passado; seu objeto é o homem, ou melhor, os homens, mais precisamente “homens no tempo”;
- Compreender que o tempo é o meio e a matéria concreta da história.


 4 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO –

1º BIMESTRE
- Introdução aos estudos históricos;
- A História e o tempo (calendários, divisões do tempo);
- A História e o Homem;
- Os nossos antepassados, hominização e a ocupação do espaço geográfico;
- Pré-História (Paleolítico, neolítico, mesolítico e idade dos metais);
- Pré-história brasileira;
- O processo de formação dos primeiros aglomerados humanos e o surgimento das cidades.

2º BIMESTRE
-Civilizações Orientais: Mesopotâmia, Egito Antigo, África, Fenícia, Palestina, Pérsia, China, índia. Abordagens: localização e características geográficas. Organização política, cultural, social e econômica.

3º BIMESTRE
- Civilizações Ocidentais: a civilização grega. Abordagens: localização e características geográficas, organização política, cultural, social, econômico e legado para as sociedades atuais.

4º BIMESTRE
- Civilização Romana: abordagens: localização e características geográficas, organização política, cultural, social, econômico e legado para as sociedades atuais.


 5 METODOLOGIA

De modo geral, os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os estudantes, como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam sobre suas vivências e suas inserções históricas. Por essa razão, é fundamental que aprendam a reconhecer costumes, valores e crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos e nas organizações da sociedade; a identificar os comportamentos, as visões de mundo, as formas de trabalho, as formas de comunicação, as técnicas e as tecnologias em épocas datadas; e a reconhecer que os sentidos e significados para os acontecimentos históricos e cotidianos estão relacionados com a formação social e intelectual dos indivíduos e com as possibilidades e os limites construídos na consciência de grupos e de classes.
Assim o trabalho com diferenças e semelhanças, bem como continuidades e descontinuidades, tem o objetivo de instigá-los à reflexão, à compreensão e à participação no mundo social. É tarefa do professor criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas, os interesses específicos de grupos e as articulações sociais. Podem ser privilegiadas as seguintes situações didáticas:
- questionar os alunos sobre o que sabem quais suas idéias, opiniões, dúvidas e/ou hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;
- propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a troca de informações, promover trabalhos interdisciplinares;
- desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (livros, jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos etc.) e confrontar dados e abordagens;
- trabalhar com documentos variados como sítios arqueológicos, edificações, plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, objetos cerimoniais e rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes;
- ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização das informações coletadas, como obter informações de documentos, como proceder em visitas e estudos do meio e como organizar resumos;
- promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e de costumes que convivem na mesma localidade;
- promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de elementos materiais e mentais de outros tempos e incentivar reflexões sobre as relações entre presente e passado, entre espaços locais, regionais, nacionais e mundiais;
- debater questões do cotidiano e suas relações com contextos mais amplos;
- propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças, semelhanças, transformações, permanências, continuidades e descontinuidades históricas;
- identificar diferentes propostas e posições defendidas por grupos e instituições para solução de problemas sociais e econômicos;
- propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e comportamentos diante de questões sociais, atitudes políticas individuais e coletivas etc.);
- distinguir diferentes padrões de medidas de tempo, trabalhar com a idéia de durações e ritmos temporais e construir periodizações para os temas estudados;
- solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, linhas do tempo, propor a criação de brochuras, murais, exposições e estimular a criatividade expressiva.
É importante que o professor sempre explicite sua proposta de trabalho para os estudantes e retome, algumas vezes, a proposta inicial a fim de que eles possam decidir sobre novos procedimentos no decorrer das atividades. Assim, por exemplo, é a problemática inicial que orienta a escolha das fontes de informação que são mais significativas. Entre as pesquisas realizadas, algumas podem ser descartadas e outras confrontadas em um processo de avaliação da importância de suas informações. Imagens podem ser selecionadas entre as muitas recolhidas, para reforçarem argumentos defendidos ou por revelarem situações não imaginadas. Textos sobre episódios do passado podem ser organizados para demonstrarem a especificidade no modo de pensar da época e exemplificarem conflitos entre grupos sociais.


6 AVALIAÇÃO

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o depois. A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec; Brasília: Universidade de Brasília, 1987.

BENJAMIN, W. Sobre o conceito da História. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. 3. ed. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BRAUDEL, F. História e Ciências Sociais. Trad. Rui Nazaré. 5. ed. Lisboa: Presença,
1986.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. Trad. Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1994.

CHARTIER, R. A História cultural: entre práticas e representações. Trad. Maria Manuela

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: formação do Estado e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. (sinopse) pp. 193-249.

FERRO, M. Há uma visão fílmica da história? In: Uma lição de História de Fernand Braudel.

HOBSBAWM, E. Nações e nacionalismo desde 1780. Programa, mito e realidade. Trad. Maria Célia Paoli e Anna Maria Quirino. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

HOBSBAWM, E. e RANGER, T. A invenção da tradição. Trad. de Celina Cardim
Cavalcante. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

HUNT, L. A nova História cultural. Trad. Jefferson Camargo. São Paulo: Martins Fontes,
1992.

LE GOFF, J. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et alii. Campinas: Unicamp, 1990.

LEFEBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. Trad. Alcides João de Barros. São
Paulo: Ática, 1991.


LE GOFF. Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópilis: Vozes, 2007.

domingo, 23 de março de 2014

AS PESSOAS (PARECE) ESTÃO SE DISTANCIANDO

Um dos grandes exemplos da mudança de costumes, aquele da visita aos domingos na casa de conhecidos, no interior. Muitas pessoas deixam de se visitar, porque, por exemplo, possuem aviários nas propriedades, e não pode pessoas estranhas chegar perto nas propriedades. Outro exemplo é que o abraço, o calor humano, o contato, a brincadeira, a relação entre as pessoas, se torna virtual. Desumaniza, afasta e as pessoas cada vez mais se encastelam em suas fortificações. Nesse caso, tenho de concordar com Einstein.





sábado, 15 de março de 2014

Muitas vezes vivemos para os outros. Devemos viver para nós mesmos. A sociedade só criou a ética e as regras, para poder transgredi-las.



NÃO HÁ LUTA DE CLASSES?

Vale a pena conferir o artigo a seguir que fala sobre ideologia, luta de classes e se existe direita e esquerda. Acesse o link.


http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=5739

terça-feira, 11 de março de 2014

CONHECIMENTO É ETERNIDADE

Buscar a eternidade pelo conhecimento, pois, somente ele, traz a eternidade... Como dizia Paulo Freire, somos incompletos, e por essa consciência temos a necessidade da educação. Erramos e aí está a magia, errar, quantas vezes for necessário.

SER HUMANO...SER VERDADEIRO

Como dizia Raul: "Basta ser sincero e desejar profundo". Eu emendo: ser verdadeiro...

segunda-feira, 10 de março de 2014

A ELITE DOMINANTE NÃO QUER PERDER SEUS PRIVILÉGIOS

Sem dúvida, a elite dominante no Brasil, toda vez que vê sem império ameaçado, reage com fúria. O que dizer da reclamação que agora os aeroportos estão cheios, que antes era mais "elegante" e "chique" viajar de avião, e que agora isso também já é acessível as camadas populares? O exemplo à seguir mostra um elemento importante sobre a elite dirigente que insiste em condenar programas sociais, mas investe seu dinheiro lá fora. São milhões de investimento de grandes corporações que são depositados em outros países, muitas vezes de forma ilícita. Mas aqui, essa elite dirigente condena uma pequena parte que é destinada para muitas pessoas que não tem oportunidades, até mesmo muitas vezes pelo seu modo de ser. 

sábado, 8 de março de 2014

A EDUCAÇÃO E IDEOLOGIA

A educação está revestida de ideologia. É o reflexo da dominação na sociedade. Ela reflete os interesses da classe dominante, portanto política.